Este grupo propõe uma discussão sobre Cartografias Plurais, particularmente aplicadas ao ensino e à formação continuada de professores de Geografia. Na atualidade, é necessária uma reflexão a respeito de novos desafios para a Cartografia, na medida que a sociedade anseia por justiça social, igualdade, respeito às diferenças – de raças, etnias, classes sociais, cultura, idade, gênero, orientação sexual. As Cartografias Plurais são essencialmente inclusivas, acima de tudo inovadoras nos objetivos, nas técnicas, nas suas propostas e ações, no uso das tecnologias digitais e das novas formas de comunicação. São abordagens que promovem inclusão, mobilização, participação, valorização das dimensões históricas e culturais dos grupos sociais e de suas territorialidades. Sejam mapeadores ou usuários de mapas, todos e todas devem ser contemplados, por exemplo, os povos originários (cartografia indígena), as pessoas com deficiência visual (cartografia tátil) ou qualquer outro grupo com alguma especificidade tais como as populações quilombolas, ribeirinhas ou periféricas. Essas cartografias multissensorais e multiculturais precisam estar presentes na sociedade e particularmente nas universidades, nas escolas e acima de tudo, nas aulas de Geografia. 

Regina Araujo de Almeida, coordenadora.

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